segunda-feira, 19 de abril de 2010

Repensando os últimos dois anos



O dia 19 de Abril para mim tem três significados. É nacionalmente conhecido como o Dia do Indígena, algo de reconhecimento, como já disse... nacional. No entanto o círculo se fecha mais e é conhecido por minha família por ser o aniversário da minha tia Andréa, irmã da minha mãe. E por fim, ele tem para mim um significado ainda maior: em 19 de Abril de 2008, eu viajei com malas bem gordinhas, do meu lar em Salvador e fui com destino aos ares sergipanos de Aracaju. Sob o pretexto de passar os quatro anos seguintes nessa cidade entrando numa nova fase da minha vida, a universitária.

Essa data passou a representar não somente o início da minha vida acadêmica. Mas o início de novos sentimentos, sensações, novos conceitos aos quais preciso me submeter. Ou seja, não foi uma mudança. Tudo mudou. Meu mundo virou de cabeça pra baixo, e agora é para sempre. Hoje, sinto que mudei tanto nos últimos dois anos pelo fato de que ocorreram tantas coisas importantes nesse pequeno espaço de tempo. Eles valem mais do que meus últimos três anos em Salvador, sem sombra de dúvida. Boas e más, só que todas elas me ensinaram alguma coisa e por isso sou grato a cada dia que posso passar aqui. Apesar das dificuldades e de me sentir tão pressionado, vi que tudo fazia parte de uma prova maior. Com direito a obstáculos a serem enfrentados, prêmios no final de cada desafio vencido e a sensação de derrota para os que não foram concluidos com êxito. Essa prova não acabou, e acho que não vai acabar junto com a faculdade. Ela estará presente até meus últimos dias e isso eu só poderia ver a partir do momento que eu saisse do ninho e visse o mundo com outros olhos.

Aracaju representa muito mais do que uma cidade. É uma terra que aprendi a amar. O lugar no qual renasci e aprendi lições que, em Salvador, com toda sua magnitude metropolitana não conseguiria me ensinar sozinha. Terra na qual eu sinto-me mais vivo, acordado, e capaz de sangrar. Tendo sentimentos que variam da maior felicidade até a profunda tristeza, mas sempre na busca do equilíbrio entre elas. É a cidade na qual me sinto mais conectado com o mundo, com as pessoas.

É com isso que penso também no quanto me doerá ter que deixá-la daqui a dois anos e pouco, quando finalmente pegar meu diploma. Aracaju é sem dúvida alguma importante, mas ainda assim é pequena demais perto de tudo o que há de novo para eu conhecer. Não sei para onde vou depois daqui, mas tenho em mente que voltar para cá, será sempre uma forma de matar a saudade de tudo que já vivi e que viverei dentro dos próximo dois anos. Espero sim me formar dentro desse tempo, mas também espero que ele não passe tão rápido. Pois só se vive uma vez e aqui eu descobri o quanto significa esse prazer.

2 comentários:

  1. cê acha que vai voltar pra salvador quando acabar a faculdade, ou ainda tem planos de ficar por aí? eu imagino como deve ser difícil mudar pra outra cidade, assim. enfim, sinto saudades =)

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  2. Nem um, nem outro. Quero ir para um lugar ainda mais diferente e longe. Conhecer outras tribos, outros espaços. Quero que minha vida seja um viagem interminável! ;)

    É verdade, mudança é dificil. Mas quem falou que a vida é fácil, né? Também sinto saudades. =D

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