domingo, 12 de abril de 2009

Mini-diário de bordo de um mega-espetáculo

Depois de me apresentar, chegou a hora de registrar um momento especial. Vivi ele no dia 31 de março em Recife (ou seria no Recife?).
Ouvi o Iron Maiden pela primeira vez através de um primo, há uns 7 anos atrás. A partir daí comecei a conhecer a banda de forma mais aprofundada, sempre tendo como minha base o show do Rock In Rio em 2001 e desejando estar lá. Em janeiro desse ano, vi finalmente a possibilidade surgir na minha frente: Iron Maiden tocaria no Recife. Graças a um colega de faculdade que me aceitou no apartamento dos seus avós na cidade (um senhor apartamento com uma das melhores vistas possíveis do bairro da Boa Viagem e da cidade em si), eu passei por este momento único.

A estada em Recife foi das melhores possíveis. No primeiro dia tomamos algumas cervejas na praia da Boa Viagem pela manhã. A tarde fomos para o aeroporto ver o Ed Force One pousar. Assim que o avião que trazia a banda tocou na pista de pouso, o louvor dos fãs que lotavam o aeroporto foi ouvido em todo estabelecimento. Rapidamente, nós (e todos os outros fãs) corremos para o viaduto próximo ao aeroporto na tentativa de ver os músicos, mas em vão. Depois de horas, nossa caravana sergipana (composta de um sergipano, quatro baianos, um mineiro e um paranaense) reselvou comprar mais umas brejas (além de uma bebida nociva chamada Serra Preta) e comida. Fomos para o apartamento e ao rítimo de Iron Maiden e outros sons, acabamos a comida e a cerveja na mesma noite.

No dia seguinte, acordamos derrotados, grande parte causada pela Serra Black. Depois de recuperarmos o fôlego fomos comer alguma coisa no posto mais próximo e buscar os ingressos no Shopping Tacaruna. Depois disso, como ainda estava cansado, resolvi voltar pro apartamento enquanto os outros foram dar um passeio no Shopping Recife.

No dia seguinte, acordamos cedo e chegamos no Jockey Club antes do meio-dia. Detalhe: os portões estavam programados para abrir 16h e o show começaria às 21h. Mas a ansiedade dos meus colegas de caravana era grande demais para tentar argumentar alguma coisa como chegar mais tarde ou assistir o show distante da grade de proteção. A falta de organização no evento era visível, principalmente pelo fato de que só havia uma pequena entrada para as 2o mil pessoas que ocupariam o Jockey. Essa entrada ficava numa ruazinha muito movimentada e de difícil acesso. Às 16h todos nós em frente ao portão esperávamos até que devido a euforia e o empurra-empurra dos fãs, o portão cedeu e uma multidão entrou na área inicial. Depois de passarmos pela catraca corremos para a pista, onde ficamos em pé até a hora do show. Enquanto isso, ouviamos AC/DC, Nickelback, Guns n' Roses entre outros sons que saiam pelas caixas.

Às 20h, Lauren Harris (filha do baixista do Iron) subiu ao palco fazendo uma apresentação morninha que empolgou pouquíssimo o público. Às 21h as luzes se apagam e um pequeno vídeo do documentário "Flight 666" empolga a todos nós. Em seguida, um vídeo da IIª Guerra Mundial com o discurso de Churchill dá o ponta-pé inicial para o show que começa com uma explosão de fogos de artifício com "Aces High". Mudanças constantes de cenário, fogos de artifício de vários cantos do palco, um boneco do mascote Ed de 4 metros, além da energia quase inesgotável dos músicos (que corriam pelo palco a todo instante enquanto tocavam) marcaram aquela noite pernambucana. E mais impressionante é saber que mesmo com mais de 50 anos, eles não perdem o fôlego nas apresentações! "Fear of the Dark", "The Number of the Beast", "Iron Maiden", "Hallowed be thy Name", difícil escolher o momento mais marcante. Up the Irons!

Quando terminou, me senti ao mesmo tempo abençoado e esgotado. Mesmo presenciando aquele espetáculo, eu estava lutando para não ser esmagado na grade de proteção. Resisti graças a um brother que conheci ali na hora e me ofereceu alguns goles dágua (que estavam sendo vendidos a absurdos 4 reais). Me sentia como se tivesse sobrevivido a uma guerra ou chegado na superfície da água depois de quase me afogar. Devo dizer que depois de sentir na pele o que é ficar na grade em um show, não tenho mais interesses de assistir outro seja ele qual for na frente do palco. Com coluna a abdómem castigados e a roupa totalmente encharcada de suor voltei com nossa caravana para a Boa Viagem. No dia seguinte, acordamos cedo e deixamos o apto. em ordem. Fomos para a rodoviária e partimos para as 8 horas de viagem até Aracaju... todos nós satisfeitos e gratos pelos 4 dias que deixaram muitas saudades.

2 comentários:

  1. Olha só... vou te linkar no meu blog :*

    Lara

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  2. deve ter sido um momento único mesmo... muito bem descrito, me imaginei lá :P haha
    tô adicionando também, teteu. Beijo!

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